O ônibus descia a Presidente Vargas, numa tarde engarrafada. O trajeto era o mesmo pelo qual percorria até semanas atrás. Antes confusa e medrosa por não conhecer aquele lado, agora já havia decorado todo o caminho. O destino da tarde não era aquele típico. Tinha a sensação de ir contra a maré.
Por alguns instantes, pensava em ser levada pela tal maré, mas para mais longe. Não se importaria em fazer mais cinco ou seis horas de viagem, desde que com a companhia de um bom livro ou um mp3. Mas pra chegar no desconhecido. Lá longe. Em algum chão onde seus pés nunca tenham pisado.
Pra onde tenha sol.
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