sábado, 31 de maio de 2008

Novelinhas

Não sei vocês, mas eu não suporto o enredo dessas novelinhas. Mas não é de hoje, é claro. Não existe enredo mais previsível que o das novelas das oito da Globo. Vira e mexe tem um filho adotivo a procura da mãe, inimigos que quando vê são irmãos, madrasta que odeia enteado, mãe que tem um caso com o namorado da filha, a empregada negra trabalhando na mansão do personagem principal, provavelmente no cenário do Rio de Janeiro, mais especificamente em um bairro nobre tipo Leblon ou Copacabana. Tá bom. Se não bastasse, o último capítulo da novelinha sempre vira um fuzuê: alguém morre, todos casam e acabam felizes pra sempre, inimigas viram cúmplices e amigas, vezenquando a vilã se dá bem e vai pra Paris, o carinha vai pra cadeia e dois anos passam em três segundos. Ah, e olha que não assisti de cabo a rabo a novela, - além de não ser muito fã,- minha aula a noite não permite. Mas é, essa mania de assistir sempre o último capítulo e pronto, acaba entendendo toda a história. Até porque o que não mostra no último capítulo se deduz, porque assim, nada previsível, né.
Então, mais uma novelinha global chegou ao fim, e, no sábado de noite, todos aqui em casa - e provavelmente em muitas casas - estavam na sala(mesmo quem assistiu só ao último capítulo), suspirando e babando à magnífica ultima cena, como se fosse a Maria Paula ganhando o beijão do Ferraço.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ela é muito mais

A minha vida não cabe nisso.
Ela não cabe nessas palavras, não cabe numa definição, não cabe no profile do meu orkut, e muito menos nas inúmeras fotos que posso colocar no meu álbum. Não cabe em milhões de gravações, nem em uma conversa longa pra falar dela. Ela não cabe na cidade onde eu moro e nem no número de pessoas que eu conheço ou amigos que eu tenho. Não caberia em uma dissertação, nem em um livro, não cabe nos meus textos e nem nesse blog. Ela é muito mais.
Minha vida, ela cabe no que eu sinto. Ela cabe no meu sorriso, na gargalhada com vontade que eu dou com as minhas amigas. Ela cabe na sinceridade do que eu sinto e do que eu falo, no sentimento que eu tenho com cada pessoa especial, cabe nas minhas idéias e no que eu penso. Cabe nos momentos com a minha família, num livro que dê prazer de ler e em uma música gostosa. Ela cabe no sábado ensolarado, no filme debaixo das cobertas, na risada de apertar os olhos e doer a barriga. Na viagem inesquecível e no pôr-do-sol, ela cabe nos momentos inusitados, nos choros inesperados e no abraço apertado, num beijo, na piada sem graça que ele contou, mas acabou sendo engraçada só porque era ele... Minha vida cabe naquele momento, naquele sentimento, naquele olho no olho, nas mãos dadas, nas pernas bambas do nervoso, na felicidade do que eu ja conquistei, e nos sonhos do que eu ainda tenho pra conquistar. Mas ela não cabe nesse texto, nem nesse blog, ela não caberia em um livro. Ela cabe em mim.

terça-feira, 13 de maio de 2008

distante.

É que exatamente no dia de hoje passou-se um ano e meio.
Dezoito vezes o dia treze. E sim, como eu imaginava, cada vez vai ficando mais distante, infelizmente é assim, passa o tempo, tudo parece ir murchando, tudo que aconteceu tá lá longe. O que sobra pra dizer é que eu ainda tenho saudades desse Beto inconseqüente, louco e bundão. E as lembranças, sim, estão aqui. E nada mais.

sábado, 10 de maio de 2008

Sorte de Hoje

Orkut - Sorte de Hoje : a sorte vem ao seu encontro
Que bom, queria saber que porra de sorte é essa, que não chega nunca.
Hahahhahaha.
Ai, superboas novidades, as vizinhas aqui de baixo mudaram de apê. Isso quer dizer: adeus incomodações infelizes com o síndico. Uh, antes tarde do que mais tarde, vamos comemorar com uma festinha e muitas, muitas pisadas.
E outra coisa, o dia hoje tá lindo, maravilhoso, céu azul, vento fresquinho, temperatura agradável e, no entanto, eu estou a me sentir um lixinho.
Eu acho que tá na hora de mudar.

deixar aqui os telhados de paris.

Venta
Ali se vê
Onde o arvoredo inventa um ballet
Enquanto invento aqui pra mim
Um silêncio sem fim
Deixando a rima assim
Sem mágoas, sem nada
Só uma janela em cruz
E uma paisagem tão comum
Telhados de Paris
Em casas velhas, mudas
Em blocos que o engano fez aqui
Mas tem no outono uma luz
Que acaricia essa dureza cor de giz
Que mora ao lado e mais parece outro país
Que me estranha mas não sabe se é feliz
E não entende quando eu grito

O tempo se foi
Há tempos que eu já desisti
Dos planos daquele assalto
E de versos retos, corretos
O resto da paixão, reguei
Vai servir pra nós
O doce da loucura é teu, é meu
Pra usar à sós
Eu tenho os olhos doidos, doidos, já vi
Meus olhos doidos, doidos, são doidos por ti
vitor ramil