quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Happy New Year!

Então inove. Esqueça o que dói. Lembre do melhor de 2008. Planeje, projete, realize.
E, feliz 2009!!!

PAZ ESPERANÇA EQUILIBRIO SORRISO ALEGRIAS
SINCERIDADE AMIZADE COMPREENSÃO TOLERÂNCIA
FELICIDADE CARINHO AR PURO BRILHO NOS OLHOS ABRAÇOS BEIJOS
POEMA MUSICA LIVROS PERSISTENCIA DETERMINAÇÃO
AMOR

- saudade, meu amor.... -
Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
de rostos serenos, de palavras soltas
eu quero a rua toda parecendo louca
com gente gritando e se abraçando ao sol
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
quero ver os sonhos todos nas janelas
quero ver vocês andando por aí
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
eu até desculpo o que você falou
eu quero ver meu coração no seu sorriso
e no olho da tarde a primeira luz
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
eu quero um carnaval no engarrafamento
e que dez mil estrelas vão riscando o céu
buscando a sua casa no amanhecer
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
rasgar a noite escura como um lampião
eu vou fazer seresta na sua calçada
eu vou fazer misérias no seu coração
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
pra escrever a música sem pretensão
eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
e que triunfe a força da imaginação.

oswaldo montenegro.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

... and what have you gone ?

Então já passou o Natal, e o que você fez ? E já passou o último domingo de 2008, como já está passando a última segunda-feira do ano, e o que você fez ? Deu tempo para aqueles planos ? Cumpriu as promessas de final do ano passado ? Viveu com intensidade ? Superou o ano anterior ? Respirou mais, suspirou mais, viveu mais? Errou e chorou também? Aprendeu? Fez alguém feliz ? Amou mais ? Deu tempo de ser feliz ? Pra mim sim.
E aí, não? Há os próximos 365 dias para tudo isso. Mas não adie. Fica a dica.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Então... é natal

Se eu ainda tivesse os meus nove aninhos, estaria há horas ansiosa pela chegada do velhinho de roupa vermelha, barba branca e saco nas costas; estaria olhando as luzinhas encantada e cantando "deixei meu sapatinho na janela do quintal", ou "papai noel, vê se você tem a felicidade pra você me dar".
Agora eu olho as luzinhas e talvez não ache mais tanta graça quanto antes. O papai noel não é a expectativa da noite, agora ele não passa de uma lenda, uma fantasia. Esperamos a noite para encontrar familiares, rever tios e primos, aguardamos a meia-noite para um abraço carinhoso, cheio de bons desejos e felicidade. O bom velhinho é o desejo das crianças... a felicidade que antes, pedíamos para o papai noel, agora é de total responsabilidade nossa. Talvez isso seja bom, talvez ruim. Bom porque enfim, vamos a procura da nossa felicidade, e devemos saber ir atrás dela. Talvez ruim, pois desaprendemos a fantasia.
Então aqui, eu recomendo: pelo menos hoje, não esqueça do Papai Noel da sua infância, sorria quando ver o homem vestido de bom velhinho, acredite nele pelo menos nesse instante, faça um pedido a ele. Abrace forte seus pais, seus irmãos, seus amigos, seus filhos, seus tios, seus primos, seus vizinhos. Deseje felicidade. Deseje renovação. Ligue para quem está longe. Reze por quem não está aqui. Sonhe, projete, planeje... Daqui a pouco é Natal,... é renovação.

Agora, vou deixar que a Martha fale um pouco por aqui.

"Hoje, o que eu desejo para todos, além de receberem um abraço que não seja protocolar como tantos que se recebem durante o ano, é que a gente escute o Natal. Que o som dessa noite apazigue a alma, que sinos toquem dentro de nós, que ninguém levante a voz, que tudo sea suave e que o silêncio transmita todos os votos vindos de longe, daqueles que não puderam estar juntos." (zh 24/25 dezembro 2008)

Feliz natal!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

...

você vai dizer que não
eu sigo seus passos
a caminho do meu coração
skank

banho de chuva

Hoje corri até minhas pernas amortecerem. As lágrimas secaram ali, e no lugar delas, o suor lavou a minha alma. Pingos de chuva me impediram de continuar a corrida. Não, não é pelo medo da chuva, mas o celular na minha mão pedia proteção, não podia ser o terceiro a ser estragado por causa da água.
A propósito, meu corpo continua pedindo um banho de chuva.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

frases...soltas

amanhece o dia, é hora de seguir a minha estrada
não tenho que me preocupar
a minha alma incendeia
ser feliz é ser agora, não interessa a chegada
o importante é caminhar
só peço a proteção dos santos, minha fé, expresso em trilhos fortes...(bruno mazi)



no momento em que voce sorrir, foi quando descobri a felicidade em si.
lança mãos pro alto, como se fosse voar... a felicidade incide sobre o nosso olhar. (scracho)




sigo sentado num jardim inglês
pode ser que eu não saia daqui nunca mais
por que eu deveria sair deste lindo jardim?
se as flores mais bonitas crescem aqui?(nei van soria)

sábado, 29 de novembro de 2008

nobreza

Olhe ao redor. Sua casa, seu quarto, a cama, o sofá, a televisão, o guarda-roupas. Seus livros, seus cds, as cartas, os porta-retratos e as fotografias... Móveis, roupas, comidas, tudo. Se foi, junto com a água lamacenta de uma enchente.
Agora imagine: não são só seus pertences que se vão. Um morro de terra e lama desaba e engole a sua casa. Leva junto a sua família.
Não, não é historinha inventada, não é imaginação. Todo mundo sabe da existência dessas tragédias, e histórias como essas estão acontecendo aos montes: resultado das 110 mortes em Santa Catarina nessa semana até agora. Mais de 78 mil desabrigados. setenta e oito mil pessoas, sem teto. Não tem mais nem o que olhar, não sobrou nada, não têm mais casa, não tem móveis. Perderam até todas aquelas recordações, fotografias e um pouco da história, que poderiam estar numa caixa, dentro de um armário, guardadas com sentimentos e saudade. Se foi... tão rápido quanto a correnteza.






fotos clicrbs
Mas o bonito é ver todo mundo sensibilizado com isso. Caaara ! Depois dizem que ser humano é uma bosta - somos acomodados, isso sim. É inédito, nunca vi as pessoas tão mobilizadas ajudando. Gaúcho, paranaense, paulista... Mais de dez toneladas de produtos de limpeza, higiene e alimentação já foram arrecadados. É muita coisa, mas é claro que é preciso muito mais.... e pelo jeito não vai faltar não. Aqui em Santa Maria é uma galera arrecadando doações. Em Santa Rosa também tô sabendo das escolas que estão juntando alimentos e produtos pra doar. A Embaixada dos Estados Unidos também liberou uma grana para ajudar as famílias desabrigadas. Nobreza.

E eu vi uma cena que me comoveu, também comoveu o Fabiano e até quem ouviu a Atlântida hoje de tarde. Um casal aparece lá na rádio, com vários produtos de higiene, água mineral e alimentos. O casal de namorados ouviu que as doações poderiam ser feitas e entregues ali. No carro, decidiram passar no mercado, comprar os produtos e foram lá entregar as várias sacolas. Nobreza.

É isso que me faz acreditar que as pessoas ainda são humanas. O problema é o comodismo. Agora, imaginem se houvesse o tamanho dessa solidariedade o tempo inteiro, não só nessas tragédias. Mas é preciso tragédia dessa altura, para percebermos que podemos e temos condições, sim, de ajudar outras pessoas.
E todas essas atitudes, não deveriam ser consideradas tão nobres assim. Elas deveriam ser normais. A solidariedade é o correto. Mas, do jeito que as coisas andam, mobilização e solidariedade tamanhas acaba virando atitude de nobreza, passível de prêmios e troféus.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

rejuvenesça

Coisa boa falar com eles. Se pudesse ficaria um dia inteiro os ouvindo. O negócio é que tu acaba percebendo como as coisas são realmente simples, alegres, e na real é a gente que complica. Devia relaxar e curtir uma gargalhada e uma boa conversa. Tu acaba percebendo que é verdade aquilo que dizem, que sorrir rejuvenesce. Ele deve ter pouco mais de quarenta anos, cálculo meu e do Fabiano. Aparência de trinta. Sorriso de adolescente. Deve ter histórias, muitas. Tem um pouco de mistério. Já tinha visto, mas o conheci hoje. Por isso não posso falar muito, mas quero ainda saber e poder escrever histórias de pessoas como ele. Injeção de ânimo pra perceber que gargalhar é fácil. Andar com roupas descoladas, bermuda amarela, camiseta branca e bandana vermelha, é divertido. Para ter certeza de quem estou falando, repare naquele moreno bem alto, de cabelos não muito curtos, que passa sorridente pelo calçadão de Santa Maria com roupas coloridas e uma bandana na cabeça. Pergunte: você está aí ? Ele responderá: certamente.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

sobre o tempo

a refletir.
Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.

O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais que juram que pensam
Existem também aqueles que juram
Sem saber

(NDN)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

to my dad

Hoje eu queria dar um abraço forte nele e desejar as melhores coisas do mundo , e muitos dias iguais a esse, durante muitos e muitos e muitos anos...Mas eu já sei que ele é frequentador assíduo desse blog, então, já que não estou lá, deixo esse recado e o meu abraço por aqui.

Feliz Aniversário paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai !!


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

mudanças


Trocar a posição do sofá da sala, colocar cortinas nas janelas, sacodir o tapete e mudá-lo de lugar.
pintar as paredes do quarto, algo mais colorido, encontrar uma nova rua. Acho que é isso que eu preciso.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

(amor?)

o que leva um ser humano a fazer aquilo ?
o que leva uma pessoa normal, sem antecedentes criminais, a fazer um negócio tão bruxo ?
não, amor é que não é. não vou julgar dizendo que o carinha não sabe o que é amar, talvez ele até soubesse, antes, muito antes. mas ali, quando entrou no apartamento da ex-namorada com uma arma, e um saco de cartuchos pra recarregar a arma, não era amor. isso é doença. possessividade. obsessão. maldade.
e ainda querem procurar os culpados. a ex-namorada, impiedosa, ruim, sem sentimento, que terminou o namoro ? a polícia, que deixou a Nayara entrar? a mídia, que fazia a cobertura ao vivo e deixava o sequestrador informado de tudo o que os policiais poderiam fazer com ele ? a polícia, que demorou pra invadir ? a polícia, que invadiu [supostamente] antes dos tiros ? a polícia, que não colocou sonífero na comida deles ? a polícia, incompetente ? poxa ! tudo bem que foram vários fatores que fizeram o final dar errado, mas o único principal culpado é o débil inconseqüente, descontrolado impulsivo e louco, esse cara. que agora tá lá, em cela separada, com medinho dos outros presos que estão loucos pra quebrar ele. e é o que ele merece mesmo, levar um pau. E convenhamos, ele deve ter achado super divertido ser tratado como uma celebridade, até dando entrevistas [pra Sonia Abrão, ao vivo, durante o sequestro!]. me poupe.
o objetivo do Lindemberg era ficar o máximo de tempo com a Eloá, aproveitar cada minuto com ela.
ele ama a Eloá, e quer a Eloá do lado dele.
e diz que fez tudo por amor. (amor?).

terça-feira, 14 de outubro de 2008

uma frase.

Transitórios, é isso. Vocês são muito transitórios, entende ?São instáveis, hoje aqui, amanhã ali. Eu sei, também ja fui assim. Só que chega um ponto que a gente cansa, que não quer mais saber de aventuras ou procuras, entende? Acho que é isso que vocês não são capazes de compreender, que a gente, um dia, possa não querer mais do que tem.

[Caio Fernando Abreu]

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Nostalgia

Ela voltou. Foi ontem, quando em meio a centenas de bandeiras vermelhas, vi uma menina loirinha, na garupa do pai, cantando eufórica o jingle da campanha do PT. Era eu, a mais ou menos uns dez anos atrás.

sábado, 4 de outubro de 2008

Hi

E ontem terminou a oficina de fotorreportagem na web, com a Tássia. Sem muitas ou meias palavras, adorei. E, AQUI tá o nosso material produzido. Valeu a pena.

E, este blog está precisando passar por mudançaaasss. wait

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

editorial ABRA

Pra quem não sabe, nós, alunos da Unifra, somos responsáveis pelo jornal ABRA, no 2º semestre do curso. Esse mês o tema foi Responsabilidade Social, e rendeu váárias pautas legais. Mas esses assuntos eu deixo para o editorial, que foi escrito pelo Fabiano e vou publicar aqui. E, eu sei que sou suspeita pra falar, mas permitam-me um simples comentário: queeeee editorial!

Tempo de Aprender
Já foi o tempo (se é que houve esse tempo) que as universidades eram apenas espaços para se aprender conteúdos teóricos, baseados nas características de cada curso.
Claro que é importante para o dentista saber como obturar, não há dúvidas que o advogado deve conhecer leis e que o jornalista deve escrever bons textos.
Mas o mundo acadêmico vai além do que se aprende em sala de aula, existe algo de muito maior, algo que acontece do lado de fora dos muros universitários.
Cada vez mais, é importante o pensamento de um todo, a visão de comunidade, a consciência de que o mundo e as pessoas precisam de um pensamento plural. As instituições de ensino superior, hoje, tem a difícil tarefa de, antes de tudo, formar cidadãos, capazes de discernir propostas e indicar caminhos que possam nortear uma comunidade que clama por mudanças. Atitudes que possibilitem um futuro melhor a médio e longo prazo.
A construção desta nova realidade passa necessariamente, pela responsabilidade social, seja de empresas, entidades e organizações, até chegar ao mundo de cada um.
Na carona do tema do VI Fórum de Comunicação Social da Unifra, o ABRA cumpre com o seu papel, e apresenta nesta impressão o olhar crítico e responsável de futuros jornalistas.
Jovens que se preocupam com a relação entre sociedade e meio ambiente, a coleta seletiva de lixo e reciclagem, uma galera que sabe a importância do voto, homens e mulheres que entendem e valorizam o sorriso de uma criança.
Ao ler o ABRA, você vai conhecer histórias de quem sabe que o beliscão da agulha vale a pena, ele significa o alivio de quem recebe uma doação de sangue. Vai ser lendo nosso jornal que você vai repensar suas atitudes no transito, e nem vai se incomodar com a buzina do carro de trás.
Então tá ! curte um pouco do que pensa e sente essa moçada que se preocupa não apenas com matérias e pautas, mas sim com os personagens de cada uma das histórias reais do dia-a-dia.
Por Fabiano Oliveira.

Das telas do cinema à vida real

*Artigo para História do Jornalismo II
Poucas pessoas sabem, mas grande parte dos nossos gestos e hábitos vêm incorporados das
telas de Hollywood. Os anos 30 foram conhecidos, no Brasil, como a era do cinema. Porém, com a Primeira Guerra Mundial, a indústria cinematográfica européia diminuiu drasticamente, fazendo assim com que os Estados Unidos herdassem tudo e monopolizassem a produção, distribuição e exibição dos filmes no mundo todo. Portanto, falar em cinema na década de 30 era falar em Hollywood.
Para manter o “status” e garantir suas condições de modernidade, as pessoas vestiam suas melhores roupas para ir ao cinema. Muitos se apaixonavam pelos astros das telas, e para as mulheres solteiras, era hábito colecionar fotos de seus atores favoritos. Até o poeta Carlos Drummond de Andrade apaixonou-se por uma estrela do cinema, Greta Garbo, a quem dedica um de seus poemas, “Os 27 filmes de Greta Garbo”.
A verdade é que o cinema é um grande influente no cotidiano das pessoas, e não somente nas décadas iniciais de seu sucesso. Gestos como segurar um copo, acender um cigarro, o flerte com a moça, o sorriso sarcástico, foram herdados das grandes telas. O cinema teve o poder de fazer as mulatinhas do Rio de Janeiro descolorir seus cabelos, depois de assistirem ao filme Platine Blonde. É o sistema cultural que mais exerce efeito nas mudanças de comportamento dos indivíduos.
Ainda hoje, não somente a indústria Hollywoodiana como também a televisão, pesa uma enorme influência nos hábitos de seus espectadores. O corte e a cor do cabelo da protagonista, a distribuição dos móveis na sala de estar glamourizada, a roupa da moda dos personagens, acaba moldando as pessoas, que buscam essas semelhanças das telinhas e incorporam à sua vida real. E tudo isso comprova que, desde o início da indústria cinematográfica, há sete décadas, o cinema é um grande aliado no comportamento humano.

Pic. Elizabeth Taylor,Greta Garbo, Marilyn Monroe, Alinne Moraes.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

um livro... ou vários

Comecei a gostar do Jostein Gaarder quando li Através do espelho, se não me engano em 2003. Aí descobri que aquele livro gigantesco, O mundo de Sofia, era obra dele. Quando devorei as últimas páginas daquela bíblia filosófica, me apaixonei. E ontem, terminei de ler pela segunda vez A garota das Laranjas. O que tenho a dizer é que os livros dele são simplesmente apaixonantes. Neles a gente encontra algumas respostas às nossas perguntas inquietantes, e muitas vezes, mais perguntas às nossas inquietações.
O que importa é que esses livros são uma grande viagem... desde à Noruega e suas redondezas, à Atenas, à Grécia, ou até às diversas galáxias, estrelas e mundos sobre nós... são uma viagem dentro de nós mesmos e dentro de cada questionamento que temos sobre a vida e esse mundo...
Não tem como escrever aqui sobre um livro específico do cara. Por isso deixei aqui esses três nomes, e digo que são ótimos para aqueles momentos só nossos, das perguntas loucas da vida.
Ah! Depois que a gente fecha um livro do Gaarder, não tem como enxergar as coisas da mesma maneira de sempre. É tudo muito mais complexo!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Desespero

É como se lhe arrancassem o chão dos pés, e como se você quisesse dar dois passos e mal conseguisse mexer os dedos. Ou então como correr muito, correr demais, e nunca conseguir alcançar aquele exato ponto. Talvez seja como você estar em um cubículo de 2x2 com 20 pessoas dentro. Ou sentir vontade de gritar e ver que sua voz não é o suficiente. É os pensamentos em transe, sua vontade de mudar aquela situação e não ver retorno, é medo. Ou simplesmente não conseguir dormir.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

pequenas coisas grandiosas

Hoje, abaixo de um sol escaldante e num calor atípico pra época, lá fomos nós, eu e a Maiara, atrás da tal da ASMAR( Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis), pegar as informações pra nossa pauta do Abra. Depois de uma caminhadinha por rua desconhecida, chegamos.
Conversei com a Marcia, uma das funcionárias que trabalha na associação, que me explicou como funciona os processos, desde a coleta, a separação, a prensagem dos materiais até a venda. Eles arrecadam mais ou menos dez toneladas de material reciclado por mês: o nosso lixo rende uma grana, e é o sustento deles. O slogan, A transformação pela solidariedade, transmite muito bem o objetivo da associação: transformar o lixo em matéria-prima, transformá-lo para a sobrevivência; e a solidariedade, nada menos que com o nosso planeta.
São entre 14 famílias, e o legal disso tudo é que trabalham conscientes: além de conseguirem dinheiro para sobrevivência, sabem direitinho o bem que fazem para a cidade e o meio ambiente.
A gente percebeu a consciência deles quando vimos, dentro do galpão onde trabalham com as sucatas, um simples cartaz na parede.
"Muita gente pequena, em muitos lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra".
Sim. Precisamos de pessoas pequenas, que façam coisas pequenas. Elas viram grandiosas.

domingo, 31 de agosto de 2008

gostos e desgostos

Último dia do mês.
Devo dizer que foi um agosto cheio de coisas diferentes, surpreendentes, felizes...Maravilhosíssimas lembranças do agosto de 2008... vou tatuá-las e guardar em mim, para sempre. Algumas poderiam ser descartadas, é claro. Mas é na imperfeição que reconhecemos o perfeito. That's it.

domingo, 24 de agosto de 2008

...vale a pena

Ela não acreditava mais no amor. Depois de passar por poucas e boas, certificou-se que o melhor mesmo a fazer era não se envolver. Criou um bloqueio. Uma parede, um iceberg, um muro de Berlim dentro de si. Sabia que não podia deixar ninguém machucá-la. Não queria deixar que alguém lhe falasse palavras bonitas para no dia seguinte sumir. Por algum tempo até esqueceu o que era se apaixonar. Até que chegou alguém de mãos abanando e a desarmou. Deixou-a completamente sem falas, boquiaberta e até confusa. Sem armas ou gestos ensaiados, aquele alguém só queria um abraço sincero e sentimentos de verdade. Como ele, ela também precisava disso. Eles se encontraram na hora certa, como se houvessem combinado, como se estivesse escrito. Ele chegou para mostrar que há sentimentos sinceros sim, que um abraço apertado pode fazê-la ganhar um dia, que o amor existe... e que sentir vale a pena.

domingo, 10 de agosto de 2008

Super-herói

Ele é o seu super-herói. Nunca vacila nos problemas mais difíceis, ensinou você a caminhar, ele fez a sua casinha da árvore, ajudou você a montar os castelinhos de areia, fez você pular aquela onda no mar. Ele lhe deu a camiseta do seu time preferido, ensinou a jogar bola, levou você para ver aquela partida de futebol, depois pagou umas batatas-fritas e uma coca-cola. Ele acorda de madrugada para buscar você da festa, faz o melhor churrasco que você já provou, trabalha e tem tempo de cuidar do jardim, ele sabe fazer negócios, ele paga a sua escola.
Ele é seu pai. Você não o vê chorando, pois ele não chora, ele nunca erra, ele sabe tudo. É um super-herói.

Ele deixou rolar uma lágrima quando você nasceu. E sorriu feito bobo quando você falou “papai”. Ele roeu a unha quando você foi viajar sozinho pela primeira vez. Ficou com o coração na mão quando você começou a sair à noite. Ele chorou quando você saiu de casa para morar em outra cidade.
Ele é seu pai. Mas ele foi menino. Ele também ficou com as pernas bambas no primeiro beijo. Também não sabia como ia ser seu futuro. Ele vacila. Ele ainda tem medo de errar. Também tem medo da morte. Ele é um homem, com todas as letras, com H maiúsculo, por dentro, um menino. Ele também tem medo de ladrões. Mas por você, ele perde os medos.
Ele é seu pai. Ele pode chorar, e tem o direito de errar. Ele sabe amar com todas as forças, com uma certa timidez, com sua superproteção, com vontade de dar pra você tudo de melhor que possa existir. E você o ama. Incondicionalmente, pois ele é o seu herói de carne e osso, que além de querer te defender de tudo de ruim, já sorriu e chorou por você, e está disposto a fazer isso quantas vezes precisar.
E hoje é o dia de ele receber o abraço e o beijo mais gostosos vindos de você. Hoje ele merece muitos “obrigados” e muitos “eu te amo”. Hoje é o dia do seu eterno herói. Se ele estiver com você, aproveite-o.
Pai, eu te amo.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Olhos nus

Hoje saí de casa sem meu óculos de sol. Me permiti franzir um pouco a testa e apertar os olhinhos com a claridade, ver o branco da luz do sol, e não o marrom por trás do óculos. Hoje decidi enxergar aquelas cores como elas realmente são, bem intensas, vivas e enérgicas, e sem a sombra escura de uma lente. Me permiti aguentar os raios de luz forte, mas por algo que valeu a pena: ver todas as cores de um arco-íris e ainda um pouco mais, uma mistura de coloridos tons vibrantes, berrantes e bonitos. Bem do jeito que são. Sem lentes para mascarar.
As vezes é bom tirar o óculos e deixar a claridade penetrar no olho.Ousar. Enxergar de um jeito mais transparente, forte, intenso.
Aliás, é um pouco disso que eu preciso. Intensidade.
Mas, certamente sem esquecer que luz demais cega. E luz de menos, também.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Viva la vida!

Agora, neste exato momento, estou escutando Viva la vida, do novo cd do Coldplay que leva o nome dessa música. Dia desses a Juli comentou comigo sobre as novas músicas que eu ainda não tinha escutado, então resolvi chegar na net e ouvir. Na minha singela opinião, a-do-rei. Comentou-se que o cd tá muito deprimente. Bem, sobre isso não posso palpitar, porque só ouvi Viva la Vida e Lovers in Japan, por enquanto. Tudo bem, vou concordar que o título do cd não tem muito a ver com o "humor" das músicas. Mas, a maioria das músicas deles são assim, deprimentes, diga-se de passagem. Claro, quando se está na fossa, querendo se matar e vai pegar um cd do Coldplay pra ouvir, aí só falta cortar os pulsos, né.
Mas nada melhor que ir viajar com o sonzinho do Chris Martin, ouvir aquela voz doce antes de pegar no sono, nos devaneios da madrugada, ou então, nos momentos de trilha sonora com o seu namoradinho.
Essas músicas podem até ser rotuladas assim, melancólicas e deprimentes, mas, concordarão comigo, há momentos em que só elas acalmam...
Ah, e quem ainda não conhece a musiquinha que recebe o título do CD dos caras e quer ver/ouvir, clica aqui.
Até.

terça-feira, 29 de julho de 2008

PÁRA TUDO

o que estiver fazendo. eu preciso de você e tem que ser agora.

É, eu não tenho o que fazer, sem sono (ou, com sono, mas com uma extrema necessidade de escrever neste espaço que por enquanto é composto de três míseras linhas) e tô aí, 2 e 28 da manhã, tentando rascunhar por aqui idéias que insistem em ficar presas nessa cabeça.
Desculpa a franqueza, eu realmente só penso em frases soltas pra colocar aqui.

...e quando sorriu,
ficou ainda mais bonita.

tinha a força de quem sabe
que a hora certa vai chegar.

H.G

domingo, 27 de julho de 2008

uma bagunça

Depois de quase uma semana, vim aqui dar o ar da graça. E quem esperava aquele post inspirado, talvez continue esperando mais um pouco, porque, tá dificil. Sabe, é aquele negócio, quando milhões de coisas passam pela tua cabeça, não dá pra organizar tudo, muito menos escrever com a velocidade do pensamento. Mas a gente tenta.Acontece que aqui tá tudo bagunçado, mas é, tipo, uma sensação barulhenta de bem estar.


Enfim, como não estaria me sentindo bem? Além de todos os presentes e surpresas que tive nesse mês, eu tô com as pessoas que eu mais amo por aqui, e matando muitas saudades. Não tô nem aí se isso aqui tá meloso demais. É verdade.


E por mais que falem mal dessa cidadezinha pequena, escondida e de terra vermelha, eu gosto daqui. Voltaria a morar? Não, não voltaria. Mas eu gosto de passar por essas ruas. E como já escrevi um texto com um vasto número de linhas sobre esse assunto, pula.


Terça(22), a minha nona completou 90 felizes anos. Sim, noventa aninhos de vida, e sábado, é claro que teve festa da família, com direito àquela comilança, risadas, remembers, folia dos priminhos, discussões sobre futebol e a nova lei de trânsito, e o velho vinho colonial. E eu, como uma boa observadora, só consegui notar na minha nona, olhos felizes e realizados de ver aquele baita pessoal bem unido.


Um domingo bem bom pra comer o churrasquinho do pai, a sobremesa da mãe; com o chimarrão e a pipoca pra ver o Grêmio jogar; pra encontrar uns pedaços de mim e dar umas voltas pela cidade; pra chegar em casa e sentir e ver o que me faz ter uma sensação barulhenta de bem estar. (perdão à repetição da frase).
E um post bem bagunçado, pela falta de assunto.
Até.

terça-feira, 22 de julho de 2008

frio pra dormir

Eu até queria escrever um texto bonitinho e bem elaborado hoje, mas vou deixar minha inspiração pra amanhã. Tenho pensado em várias coisas hoje, o que me faz imaginar que esse segundo semestre do ano vai ser um tanto diferente, mas enfim, papo pra outra hora.
E finalmente começou a esfriar por aqui. Já tava na hora, eu quero o frio daqui, pra aproveitar a lareira de casa, tomar o capuccino da mãe, comer bergamota no sol, e pra dormir. Por isso eu gosto do inverno. Além de comer como uma condenada, tomar muito chazinho, cafezinho e chocolate quente, é a melhor época pra não ter vontade de sair da cama.
Tá, e agora eu vou ler meu on the road, que tô lendo desde o ano passado e ainda não terminei.
juro que dessa semana não passa. um beijo.

domingo, 20 de julho de 2008

Friend's Day

Hoje eu poderia escrever milhares de definições particulares sobre o que é amizade. Mas, estou certa de que meus amigos sabem muito bem o que é, sem precisar definições. Única coisa que vou fazer é concordar com Oscar Wilde, meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade, metade bobeira, metade seriedade. Quero os que fazem de mim louca e santa, boba e séria, criança e velha.
E, mesmo que quase um clichê, a frasesinha do Fernando Pessoa é verdade pura: Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos".

Ah, feliz dia do amigo!

sábado, 19 de julho de 2008

Alguém que te inspire

Esses dias atrás eu estava completamente sem idéias sobre o que escrever neste humilde blog. Aí então foi que recebi uma dica; ter alguém que te inspire faz uma boa diferença.
Eu simplesmente estou passando dias felizes na minha vida. Eu gosto disso. Eu gosto quando toca o telefone. Eu gosto de sorrir todos os dias. Gosto. Isso me
faz bem.

Recordações

Faz duas semanas que estou em férias na minha cidade.
E, bem, nessas duas semanas pude dormir muito, ler muito e caminhar muito. É, tenho o hábito aqui em Santa Rosa de caminhar, na avenida ou no quartel; sedentária que sou, pelo menos as minhas caminhadas eu curto. Sempre gostei de caminhar, sozinha ou com quem quisesse me acompanhar. E essas caminhadas das minhas férias têm sido um tanto nostálgicas. Sim, isso porque a avenida a qual me refiro já foi o meu caminho de ida e volta da escola, já foi o lugar de caminhadas confidentes, de pedidos e banhos de chuva, de voltas das festas com o meu irmão e o carro a mil, já foi o caminho em que eu organizava e desorganizava meus pensamentos, enquanto ia do centro pra casa a pé, nas tardes quentes ou nos dias do vento gelado.
Ah, e o trajeto até a minha casa, fora da avenida e dentro do bairro, também soa nostálgico. Enxergo dez, doze anos atrás. Antes daquela casa amarela ser construída, era ali que a gente brincava nos montes de areia e levava os chingões quando os donos do terreno viam. Nessa rua tinha aquele pé carregado de amoras, saíamos de casa com um potinho, ficávamos horas colhendo e comendo amoras. Ali, na frente da minha antiga casa, eu brincava com as barbies, e o mais divertido era depois que chovia, a água ficava acumulada entre o cordão da calçada e a rua, então fazia a piscina das barbies. Não me perguntem como, mas eu lembro de cada coisa minuciosamente.
Então eu chego em casa. Agora eu sei que as minhas histórias não vão mais ser contadas pelas ruas de Santa Rosa. Mas sei que elas ainda guardam as minhas histórias, até quando minha memória se esforçar a recordar. Num tempo de 20 minutos, deu pra lembrar de grande parte dessas minhas histórias. E é bom não esquecê-las. Posso agora estar muito diferente, ter crescido, amadurecido e até mudado, mas muito do que fui revela o que me tornei.
E muito do que fui está escrito por aqui... nessas ruas, avenidas e nas minhas recordações.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Sonhos

Um dia ainda quero entender porque a gente sonha. Não, Freud não me soa muito convincente quando diz que sonhos são aqueles desejos reprimidos que vão pro nosso inconsciente. E eu sei que pra cada sonho meu, o amigo Freud teria uma explicação. Mas, mesmo assim, não sei se tão convincente. Continuo tendo os sonhos como uma interrogação bem gigante.
Como é que podemos viajar pra lugares desconhecidos, enxergar pessoas que nunca vimos, tudo isso enquanto dormimos, sossegados, sem sair da cama?
E não é só comigo, mas, poxa vida, cada sonho esquisito... Lugar estranho, pessoas desconhecidas, de repente aquele ser desconhecido se transforma em outra pessoa que eu conheço bem, e acontece alguma coisa ruim com ela. Ou, o amigo que já morreu, aparece no sonho e quer se matar. Estou dirigindo e não consigo parar o carro. Tô pulando de um prédio e percebo que vou morrer. Sonhei que já morri. Sonhei até com vampiros.
Sonhos coloridos ou em preto-e-branco. Silenciosos ou com muitas conversas. Sonhos onde grito e acordo chorando. Ou sonhos que dão vontade de continuar dormindo, só pra sonhar mais um pouco. . e o sufoco daqueles em que não se consegue acordar ?Aqueles que tu acorda e pensa: sonhei ou aconteceu ? Bem que poderia acontecer... e os que suspiro e penso; ainda bem que foi só um sonho.
Como disse um certo poeta, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Mas, bem, esses são apenas os que eu sonho dormindo... e sozinha.

sábado, 12 de julho de 2008

Hoje

Hoje é o dia ideal pra lembrar das dezenove vezes que ja passei por essa data.
É claro que as primeiras pareciam muito mais emocionantes, chapeuzinho de cone pra todo mundo, decoração da Turma da Mônica, muita fanta-laranja, brigadeiros e gelatininhas.
Se eu me esforçar, lembro de todas as dezoito anteoriores, mas algumas ficaram bem marcadas.
Na pré-escola, quando cheguei na sala de aula e a profe havia escrito em todo o quadro, com giz colorido e cheio de balões ao redor, "parabéns, Liciane!". Incrível como ainda lembro dos pratinhos de plástico cor-de-laranja que distribuí para os coleguinhas, e foi aquele fuzuê, todos se lambendo com os doces e a torta.
Obviamente não esqueceria da minha festinha de 13 anos, quando a polícia veio me dar os parabéns aqui em casa. É, inacreditavelmente, os tais policiais vieram pedir para que os cidadãos de 13 anos moderassem com o barulho na vizinhança. Heh, então tá.
E a tentativa fracassada das minhas amigas em tentar me fazer uma festa surpresa, na oitava série. A única festa "surpresa" que ganhei, e ainda consegui descobrir de tudo dias antes. AH, e o presentinho amável das amigonas, o tal do TELECAR nessa mesma festa, super bacana, hahah.
Mas claro que não vou descrever aqui todos os meus aniversários anteriores.
É que a cada aniversário, vem um pensamento diferente na cabeça, e provavelmente a cada ano passamos a pensar de maneiras diferentes, aquela história toda, vontade de mudar, renovar, inovar, reciclar, reaproveitar...


E como disse uma pessoa especial, hoje é o meu ano novo.
Então vai lá lici, fecha os olhos, faz um pedido.... e assopra as velinhas.

Eeeeee.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Histórias de João's



João Hélio Fernandes Vieites. João Roberto Amorim Soares.
Não, o que eles têm em comum não é o primeiro nome. O que têm em comum é que eram crianças, de sete e três anos, e tinham suas respectivas famílias, que os perderam tão repentinamente como a água escapa para o ralo. O que têm em comum é que foi na zona Norte do Rio que suas famílias os viram respirar pela última vez, antes de um João ser arrastado, e o outro baleado. Em atitudes grotescas de assaltantes, e atitudes igualmente estúpidas, de policiais.
Se alguém não lembra, João Helio foi arrastado por sete quilômetros pelo cinto de segurança de um carro que ladrões haviam assaltado. A mãe, a irmã e a amiga conseguiram sair do carro, mas o menino ficou ali, pendurado ao cinto, andando em zigue-zague junto com o carro.
João Roberto, nessa segunda, voltava de uma festinha com a mãe e o irmão de nove meses. A mãe viu uma viatura e encostou para dar passagem à polícia, que parou a alguns metros atrás, começando a metralhar: mais de quinze tiros em direção ao carro. Um deles, na nuca de João.
Não sei mesmo o que mais pode chocar as pessoas. Cheia de razões está Martha, quando fala em banalização da violência( leia o texto aqui). Tudo acontece, nada mais apavora. Se apavora, logo esquecem. E se esquecem, é porque não mais apavora. Há tempos as coisas por aqui eram “inacreditáveis”. Passaram a ser triviais.
Enquanto está em foco um crime desses, centenas de outros, igualmente comoventes, estão rolando por aí. Mas só "lembram" do mais chocante (é, a mídia lembra do mais chocante). Que ainda assim, não tarda a ser esquecido.
Quantas histórias de João’s ainda para contar?
Ainda quantos bandidos presos?
E quantos mais policiais “desastrosos”? que faltou nesses policiais? Preparos, treinamento, bom senso, cuidado?
Não queria acreditar que a humanidade caminha a passos compridos para o caos. E seria muito pessimismo da minha parte escrever tudo isso e ficar aqui, parada. Mas, que está acontecendo por aqui?!
Ainda assim, é como diz o Renato. “... e todos acreditam no futuro da nação”.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Olho no olho


Sou da opinião de que tudo o que tem pra ser dito deve ser dito, obrigatoriamente, olhando nos olhos. Nada de MSN, telefone ou e-mail, claro, salvo em situações inevitáveis. Mas não inventaram melhor maneira do que essa: frente a frente, olho no olho, vendo a reação, enxergando gestos e expressões, sentindo a pulsação. Porque bonito mesmo é o que te desarma, o que te deixa segundos sem reação, te deixa de boca aberta, com olhos brilhando e um sorriso no rosto. E isso não se enxerga pelo MSN, não se sente em uma conversa pelo telefone e muito menos se traduz em um e-mail.
Alguém já experimentou decifrar olhares? Já percebeu como as amigas se comunicam por olhares? Como um casal conversa por olhares?
Verdades ou mentiras, devem ser ditas olho no olho. Coisas boas ou ruins, olho no olho.
Na real, é preciso exercitar nossos sentidos ao vivo: visão, audição, tato, paladar, olfato... Algo menor do que isso talvez seja mera ilusão.
É preciso perceber que a vida é o que se sente em um abraço, em uma lágrima, num tapa no rosto ou em um beijo.
Tudo muito mais que uma realidade virtual... vida real.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Longe de casa...

Em um ano e meio dá pra aprender a fazer muita coisa sozinha. Alguns meses atrás eu não percebia meu quarto bagunçado, minhas roupas amassadas e não via a casa suja. Alguns meses atrás tudo o que eu queria era me livrar daquela dependência, ter o meu cantinho, lavar a louça a hora que desse vontade e deixar de pedir permissão pra qualquer coisa. Então chegou a hora em que cheguei aqui com as minhas trouxas e arrumei a casa do meu jeito. Eram as minhas coisas. Todas adquiridas com a grana do pai e da mãe, claro, mas pertenciam a mim. Eu que acordava as seis da manhã pra ir pro cursinho, com o meu despertador e a minha (falta de) vontade; não era mais a mãe com o vamos lááá, tá na hora, e ligando a luz do quarto. Eu que preparava o meu café correndo porque estava atrasada, e não encontrava mais a mesa pronta com a ximia, o melado, o pão e água quente para o cafezinho. Quando voltava pra casa, mesmo chovendo ou naquele frio de rachar, voltava a pé, tonta de fome. Arrumar a mesa, fazer o almoço, lavar a louça (naquele mesmo frio de rachar!), limpar a cozinha, o quarto, a sala, o banheiro, e, ufa, ir estudar. “Mãe, traz um lanchinho!”, “Pai, me busca que vai chover”, never more né? E agora. Faculdade, onze da noite, a pé; mercado, mil sacolas, a pé; casa da amiga, que é longe, táxi; e a grana que era pras compras do mês, evapora.
But, é isso aí. Não é o fim do mundo não, e é recém o início daquilo que a gente sempre quis ser, “independentes”. Uma hora ou outra a gente precisa sair daquela vida boa e procurar o que é bom pra crescer de verdade.
Acostumei com essa "independência", e agora sei fazer meu almoço, limpar a minha casa e cuidar da minha dor de estômago. Nascemos sendo criaturinhas adoráveis só dos nossos pais, mas crescemos para nos tornar só nossos. E, sim, a gente aprende sozinho, quando a água bate na bunda, quando vê que não tem outro jeito, se é o que queremos, vale a pena.
O melhor disso tudo é voltar pra casa e saber valorizar cada abraço e cada domingo juntos. E a adorável irmãzinha que está louca para levar essa mesma vida.
Aproveitar o chimarrão, a pipoca com chocolate, o churrasquinho e a sobremesa que eles fazem a nossa espera.
p.s: te espero, Mari.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A cidade do Sol

Mariam e Laila são mullheres completamente diferentes, e há quem diria que seus destinos seriam opostos. Mariam é filha de uma empregada com um empresário rico, que tem vergonha de assumi-la para a família. É considerada filha bastarda, e sua mãe a ensinou que a mulher nasceu para ser submissa ao homem, para lhe dar filhos e lhe servir a vida toda. Laila é filha de um professor que a incentiva a estudar e lutar pelos direitos da mulher. "Você pode ser tudo o que quiser, Laila". Dois destinos aparentemente opostos.
Porém elas não controlam seus destinos.
Aos 14 anos, o pai de Mariam a dá em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. A partir daí, a menina se vê totalmente desamparada frente a um homem bruto, rude e completamente estúpido. Dezoito anos mais tarde, Laila está na mesma situação, depois que seus pais morrem e fica sozinha. Então, estando na casa do casal, também casa-se com Rashid.
A partir daí a vida das duas mulheres se encontra. Inicialmente são rivais. Laila, tratada como uma rainha, Mariam, como uma escrava. Porém o tempo mostra que estão na mesma situação: as duas sofrem juntas as submissões e agressões do marido, e é na dor que elas se vêem unidas. Então constroem laços de amizade e amor incondicional, mostrando a lealdade e generosidade em contraste às brutalidades do marido e do regime talibã.
O tal do Hosseini consegue prender quem lê desde o início até a última palavra do livro. Triste, emocionante, chocante, bonito.
E é óbvio que eu não vou contar mais do que isso. Deixo avisado que é um dos melhores livros que eu já li na minha vida. Recomendo e recomendo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Sobre leis

Dear Pri pediu pra que eu escrevesse sobre essa nova lei que seu Lula sancionou, que torna infração gravíssima dirigir com qualquer teor alcoólico. Well, vamos lá.
A tal da lei (nº11.705 do Código de Trânsito Brasileiro), diz que quem for pego em rodovias federais com qualquer gotinha de álcool no sangue levará uma multa no valor de 955 reais, e terá a carteira de habilitação apreendida por um ano. Antes era permitido até 6 decigramas, pois bem, agora é qualquer gotinha de álcool no sangue. Isso quer dizer: menos de um cálice de vinho, uma lata de cerveja, ou até um remédio(sim, um remédio contém álcool, e há o risco de quem tomou o remédio, também ser penalizado por ter gotinhas de álcool no sangue!). Eu já sei que meio mundo deve estar revoltado e indignado com o rigor dessa nova lei. Mas, bem, analisemos os fatos: a lei é válida para quem trafega em rodovias federais. Ora, quem vai trafegar em rodovias federais, não pode mesmo beber um gole de alcool.(isso quer dizer, Pri, que o teu pai pode, sim, te buscar em uma festa dentro da cidade depois de tomar uma taça de vinho, sem perder 955 reais).
E no caso dos remédios, como é uma quantidade muito pequena, logo os sinais de álcool desaparecem do sangue. Em questão de 40 minutos, se for feito o teste novamente, não terá mais sinal algum de álcool. Isso quer dizer que o "rigor" dessa lei nem é tanto assim. Mas é claro que não deixa de ser, e, por sinal, não é assim que as coisas funcionam por aqui? Só desse jeito mesmo, impondo, exagerando, extrapolando. Até porque a gente tá vesgo de saber que os maiores índices de acidentes e mortes no trânsito são mesmo devido à embriaguez.
Tudo bem que é exagerado, tudo bem que é rigoroso, mas é só assim que dá resultado. Todo mundo já estava avisado que beber e dirigir não dá. Como não levavam a sério a dicazinha, agora veio a lei. E experimenta não levar a sério.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

doze de junho



Estou antecipando as comemorações do 20 de julho.
Feliz dia dos namorados para os apaixonados.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Experimentos.

Hehehe, então vou colocar aqui uma das minhas primeiras notícias. Tá, essa quem escreveu foi eu e a Gabi, e é para um trabalho de Redação Jornalística I.É o tal de jornal mural, que vai ficar pelos corredores da Unifra. Então, vai de presentinho aqui, já que ainda não foi publicada, e há dúvidas quanto a isso.

Música também é comunicação


Thedy Correa (compositor e vocalista da banda Nenhum de Nós) arranjou um jeito de expor todos seus sentimentos e, dessa vez, no seu livro Bruto, que reúne músicas e poemas, publicados em sua forma original e recheados de histórias reais.

O cantor e compositor esteve em Santa Maria no mês de maio, para um bate-papo sobre poesias, leituras e divulgando seu livro, Bruto, lançado em 2007(Ed. L&PM). No livro, estão seus poemas e suas músicas, e por trás de cada letra, está uma história real e apaixonante. As inspirações de Thedy vêm do poeta Vinicius de Moraes, pelo qual o cantor tem uma grande admiração. Incentiva a todos a participarem do mundo da literatura, pois “é por meio dela que podemos escrever coisas que não se vão com o tempo”, diz ele.
Enfatiza também o modo como gostaria que todos vivessem: intensamente, fazendo com que nenhum momento passe em vão, não sendo apenas ‘mais um’, e sim, com coragem e liberdade de expressão, poder comunicar nossos sentimentos e ideais.
Através de suas músicas, Thedy comunica-se com o mundo, principalmente com os jovens, que enxergam em suas composições situações semelhantes já vividas, como conflitos amorosos, a rebeldia adolescente, o mundo das drogas e também muito de “paz e amor”. Seu livro é a prova concreta de que a música é, sim, uma maneira interessantíssima de interligar entretenimento, literatura e comunicação.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Pra lembrar quem eu sou

E ontem eu resolvi esquecer tudo o que me faz mal.
porque as minhas lágrimas não caem mais, e era, sim, um dia especial.
vi tudo passar num segundo e, foi pouco tempo. Mas valeu...
Tenho certeza que eles sabiam, que muitos ali,
já sonharam que as pessoas eram boas em um mundo de amor...
E que também queremos dar um jeito de respirar, e deitar ao sol que brilha.
Nosso futuro é imprevisão (alguém me dê a mão?),
pelo espelho que a vida vai passar, e o tempo está no pensamento.

E lá estava eu, pra lembrar quem eu sou, e pra salvar o que ainda restou do nosso tempo...

sábado, 31 de maio de 2008

Novelinhas

Não sei vocês, mas eu não suporto o enredo dessas novelinhas. Mas não é de hoje, é claro. Não existe enredo mais previsível que o das novelas das oito da Globo. Vira e mexe tem um filho adotivo a procura da mãe, inimigos que quando vê são irmãos, madrasta que odeia enteado, mãe que tem um caso com o namorado da filha, a empregada negra trabalhando na mansão do personagem principal, provavelmente no cenário do Rio de Janeiro, mais especificamente em um bairro nobre tipo Leblon ou Copacabana. Tá bom. Se não bastasse, o último capítulo da novelinha sempre vira um fuzuê: alguém morre, todos casam e acabam felizes pra sempre, inimigas viram cúmplices e amigas, vezenquando a vilã se dá bem e vai pra Paris, o carinha vai pra cadeia e dois anos passam em três segundos. Ah, e olha que não assisti de cabo a rabo a novela, - além de não ser muito fã,- minha aula a noite não permite. Mas é, essa mania de assistir sempre o último capítulo e pronto, acaba entendendo toda a história. Até porque o que não mostra no último capítulo se deduz, porque assim, nada previsível, né.
Então, mais uma novelinha global chegou ao fim, e, no sábado de noite, todos aqui em casa - e provavelmente em muitas casas - estavam na sala(mesmo quem assistiu só ao último capítulo), suspirando e babando à magnífica ultima cena, como se fosse a Maria Paula ganhando o beijão do Ferraço.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Ela é muito mais

A minha vida não cabe nisso.
Ela não cabe nessas palavras, não cabe numa definição, não cabe no profile do meu orkut, e muito menos nas inúmeras fotos que posso colocar no meu álbum. Não cabe em milhões de gravações, nem em uma conversa longa pra falar dela. Ela não cabe na cidade onde eu moro e nem no número de pessoas que eu conheço ou amigos que eu tenho. Não caberia em uma dissertação, nem em um livro, não cabe nos meus textos e nem nesse blog. Ela é muito mais.
Minha vida, ela cabe no que eu sinto. Ela cabe no meu sorriso, na gargalhada com vontade que eu dou com as minhas amigas. Ela cabe na sinceridade do que eu sinto e do que eu falo, no sentimento que eu tenho com cada pessoa especial, cabe nas minhas idéias e no que eu penso. Cabe nos momentos com a minha família, num livro que dê prazer de ler e em uma música gostosa. Ela cabe no sábado ensolarado, no filme debaixo das cobertas, na risada de apertar os olhos e doer a barriga. Na viagem inesquecível e no pôr-do-sol, ela cabe nos momentos inusitados, nos choros inesperados e no abraço apertado, num beijo, na piada sem graça que ele contou, mas acabou sendo engraçada só porque era ele... Minha vida cabe naquele momento, naquele sentimento, naquele olho no olho, nas mãos dadas, nas pernas bambas do nervoso, na felicidade do que eu ja conquistei, e nos sonhos do que eu ainda tenho pra conquistar. Mas ela não cabe nesse texto, nem nesse blog, ela não caberia em um livro. Ela cabe em mim.

terça-feira, 13 de maio de 2008

distante.

É que exatamente no dia de hoje passou-se um ano e meio.
Dezoito vezes o dia treze. E sim, como eu imaginava, cada vez vai ficando mais distante, infelizmente é assim, passa o tempo, tudo parece ir murchando, tudo que aconteceu tá lá longe. O que sobra pra dizer é que eu ainda tenho saudades desse Beto inconseqüente, louco e bundão. E as lembranças, sim, estão aqui. E nada mais.

sábado, 10 de maio de 2008

Sorte de Hoje

Orkut - Sorte de Hoje : a sorte vem ao seu encontro
Que bom, queria saber que porra de sorte é essa, que não chega nunca.
Hahahhahaha.
Ai, superboas novidades, as vizinhas aqui de baixo mudaram de apê. Isso quer dizer: adeus incomodações infelizes com o síndico. Uh, antes tarde do que mais tarde, vamos comemorar com uma festinha e muitas, muitas pisadas.
E outra coisa, o dia hoje tá lindo, maravilhoso, céu azul, vento fresquinho, temperatura agradável e, no entanto, eu estou a me sentir um lixinho.
Eu acho que tá na hora de mudar.

deixar aqui os telhados de paris.

Venta
Ali se vê
Onde o arvoredo inventa um ballet
Enquanto invento aqui pra mim
Um silêncio sem fim
Deixando a rima assim
Sem mágoas, sem nada
Só uma janela em cruz
E uma paisagem tão comum
Telhados de Paris
Em casas velhas, mudas
Em blocos que o engano fez aqui
Mas tem no outono uma luz
Que acaricia essa dureza cor de giz
Que mora ao lado e mais parece outro país
Que me estranha mas não sabe se é feliz
E não entende quando eu grito

O tempo se foi
Há tempos que eu já desisti
Dos planos daquele assalto
E de versos retos, corretos
O resto da paixão, reguei
Vai servir pra nós
O doce da loucura é teu, é meu
Pra usar à sós
Eu tenho os olhos doidos, doidos, já vi
Meus olhos doidos, doidos, são doidos por ti
vitor ramil

quarta-feira, 30 de abril de 2008

frases do dia

a gente escreve o resto, sem muita pressa
com muita precisão
nos interessa o que não foi impresso,
e continua sendo escrito à mão
Escrito à luz de velas, quase na escuridão
longe da multidão.

não me perguntem porquê, tava com essa musica na cabeça o tempo todo hoje, (talvez por causa das portas da percepção de Blake, que o R. Ocanha comentou, e citadas nessa música) então, resolvi transcrevê-la aqui.

ah, e como eu estava lendo On The Road, do Kerouac, vai aí uma frasesinha, que eu li nas primeiras páginas.

'para mim, pessoas mesmo são os loucos; os que estão loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos, que querem tudo ao mesmo tempo agora, aqueles que nunca bocejam e jamais falam chavões, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosos fogos de artifício explodindo como constelações.' (kerouac)

nada muito a dizer hoje
ah, tô na minha casa! entende-se, a minha de Santa Rosa.
beijos pro gessinger
ele mandaria beijos pra torcida.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Queira entender

Queira entender. Você pensa que as coisas mudam com a velocidade do seu pensamento. Não é assim. Quando tudo mudar você mal vai perceber. Quando ver, vai chegar lá onde você queria. Não se precipite. Relaxe. Deixe que os dados rolem.
Você sabe o quanto precisa disso.
Não insista nesses pensamentos idealistas. Esquece o que é perfeito. Esquece o que já passou. Você precisa saber inovar. Leve mais naturalmente tudo isso. Você achou que só porque já passou várias vezes por isso, estaria a salvo de passar mais uma vez. Situações talvez inevitáveis. Quem corre o risco, se expõe a consequências. De novo. Esquece o que está ali atrás. Olha o que enxerga lá na frente.
De repente, você corre e parece que nunca consegue chegar lá.
Entenda.
Existem dois momentos: o que você espera, e o que espera você.

p.s. hoje choveu.
só lá fora?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

"Adeuzinho, filhinha"

Tá, eu sei que tá todo mundo de saco cheio dessa história, mas ontem a reportagem que eu li na Zero Hora me deixou mal de verdade. Sim, é sobre a guriazinha aquela, a Isabella. Alguém me explica, pelamordedeus, como pode existir gente tão cínica como esse Nardoni e essa Ana Jatobá? Porque, convenhamos, todo mundo percebeu o jeito que eles estavam na entrevista, e cá pra nós, qual é o pai que reage tão pacificamente a morte de uma filha a ponto de sorrir e cuidar as palavras certas numa entrevista ? E , se não tivesse culpa nenhuma, não ficaria só pensando em se defender, e sim, em procurar o verdadeiro culpado. Ai, simplesmente, o tamanho da minha revolta, sem explicação.
E sério, não tem outra pessoa que possa ter feito isso.
Eu só queria entender, eu juro, só queria entender o que passa na cabeça de um ser conseguir fazer um negócio desses e ainda ter cara de pau de negar, em rede nacional, tudo, mesmo com fatos que só comprovem que foram eles mesmo!
O que passa na cabeça de um pai que mata a filha e joga na janela assim ? Tipo, filhinha, vou colocar primeiro teus pezinhos pela janela, não, não vai doer, agora te seguro pelos pulsos, vou largar o braço esquerdo tá ? Pronto. Adeuzinho filhinha.
O que tá passando pela cabeça de um animal desses ? Não, porque não pode ser normal.

domingo, 20 de abril de 2008

pedaços

Ele vai despedaçar. No final, ele sempre despedaça. As vezes demora um pouco, mas acaba assim. Ele tava duro para despedaçar, mas algo diminuiu a solidez, equando vê... Na verdade ela esqueceu que no final ele despedaçava. Por isso entrou sem preocupação. E fazia um tempo que continuava daquele jeito mesmo, é claro que não se importou e foi com tudo. Quase tudo.
Mas ela se anima, se empolga, reclama e entristece sozinha. Ela não quer dividir nada disso, porque ela nao sabe se vale a pena, e ela fica ali, roendo o esmalte da unha, com borboletas no estômago, testa franzida, olhar distante, escuta musiquinhas melosas e pensa, pensa demais, fala de menos. Ela não quer passar por tudo aquilo de novo e se bloqueia, mas isso não adianta, ela cansou demais disso e percebe que tudo o que ela não queria mesmo tá voltando, do jeito que ela menos gostaria e mais insistia que não acontecesse.
Mas, éééé, ela já cansou de estar acostumada. Ela não quer isso, não quer meios-termos, qualquer coisa; nem mais ou menos ou metades, muito menos pedaços.

terça-feira, 15 de abril de 2008

no inspiration

por aí

Se você me encontrar assim
Meio distante, torcendo cacho
Roendo a mão,
É que eu tô pensando
Num lugar melhor
Ou eu tô amando
-e isso é bem pior.
Se você me encontrar num bar, desatinado
Falando alto coisas cruéis
É que eu tô querendo um cantinho ali
Ou então descolando alguém pra ir dormir
Mas se eu tiver nos olhos
Uma luz bonita
Fica comigo
E me faz feliz
É que eu tô sozinha
Há tanto tempo
Que eu me esqueci o que é verdade
e o que é mentira em volta de mim
-barão

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Cidade Cinza

Alguém ainda deve ter o sonho de morar lá.
Cidade global, terceira maior metrópole do mundo, gigantesca concentração de indústria e comércio, impressionante número de edifícios e algo de gamour no conjunto desses prédios, pelo menos para os turistas que chegam por lá. Então tá, morar em uma cidade 'moderna' deve ser maravilhoso.
Mas aí, diz o Bebeto, quando o avião se prepara para pousar na cidade de São Paulo, o céu passa de azul anil para um acinzentado morto. As nuvens ficam baixas e carregadas, e assim permanece. Quem mora lá, mora atrás de grades. Grades no pátio. Grades na porta. Grades na janela. Não sei se há tranqüilidade não. Bem, são as conseqüências que se paga para uma vida moderna.
Dizem que São Paulo não tem céu. Não sei, nunca pisei lá para olhar pra cima e ver se enxergo estrelas, mas, é, dizem. Céu carregado. Céu cinza, céu de poluição.
Desculpem-me, mas, particularmente, não conseguiria olhar para um céu e não ver universo das estrelas. Seria triste, melancólico, deprimente!
Por isso aproveito para ver o céu de Santa Maria, que, por enquanto, continua bem nítido.
Cidades cinzas não me agradam.
Vista aérea da cidade de São Paulo.Foto: Sebastião Salgado

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Idéias, idéias!

Toda quinta-feira a noite eu chego em casa mais empolgada do que nos outros dias da semana. Talvez seja pelas aulas de estética com o Bebeto. Não tem coisa mais empolgante na semana, as aulas dele são tranquilas, divertidas, gostosas, "tacataca, tacataca". E hoje eu voltei da aula com idéias, idéias!
Vimos as fotos do fotógrafo Sebastião Salgado. E, viu,te falar em fotos.Tristes, chocantes, reais. E daí ó, plim, surgiu uma idéia. Meus próximos posts terão uma foto do Sebastião Salgado, com alguns comentários e reflexões "sentimentais" feitos por esta que vos escreve. Espero que eu goste, e que gostem.
A propósito, está na hora de escrever mais por aqui. Beijos!!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Oieam?!

É que é o seguinte, eu já to a quase um mês sem postar nada porque tô sem net aqui. Buuut coisas boas acontecem, e finalmente consegui um tempinho virtual.
Tinha tanta coisa pra falar que eu nem sei mais o que colocar aqui.
Feriadinho passado
Sair em Santa Rosa me deu náuseas, mas sem muitos comentarios aqui. O que salvou foi a companhia, claro. Falando nisso, Gisa, vem logo.
*Ontem fomos no V Forum Mundial de Comunicação Social, em Porto, lá na PUC. Poderia dizer que estava ótimo se tivesse assistido a todas as palestras. Mas, viajar de manhã, ter aula a tarde e a noite, viajar de novo na madrugada e escutar pessoas, sentada um dia inteiro dá sono né, galera. Porém algumas das palestras que escutei estavam boas, claro. Fora alguns publicitários que esqueceram que o tema era meio ambiente,´e deram uma boa puxada em outros assuntos. Tudo bem, não deixou de ser válido.
BBB8
*Alguma coisa a declarar sobre a vitória do Rafinha? Alegres e felizes, não foi aquela burra preguiçosa com voz enjoada que ganhou o tal do milhão.
Rotina
Tá muito diferente não ter compromissos obrigatórios de manhã. Isso até propicia uma vagabundagem, só mais 32462 minutinhos. E bora pra aula as seis e meia da tarde. Quero ver chegar em casa as onze da noite no fraco friozinho do junho de Santa Maria, but haven't problems. Daí paresque eu tô tri empolgada com essas minhas aulas, nada melhor que ler um livro e fazer uma resenha, uma pesquisadinha ali, uma lidinha aqui. Espero que não seja porque estou nas primeiras semanas.
Sentimentos satisfatórios por estar fazendo coisas que me dão gosto.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

De volta pra casa

Não muito a dizer sobre sentimentos, nostalgias, alegrias, euforias, tristezas e alívios. É que isso só se sente. Posso dizer, isso sim, que nessas férias senti de tudo um pouco.

Amanhã Santa Maria me espera de novo.
Ok, então eu confesso que não tava muito afim de voltar pra lá amanhã. É claro que a morar em Santa Rosa eu não voltaria, mas é que me acomodei tanto com essas férias que tava achando isso ótimo. Mais uma semaninha, pra tirar férias das minhas férias, seria bom demais. Te falo em acomodação, hein? É, mas deu pra descansar muito, dormir muito, aproveitar minha família e meus amigos muito e todas as coisas que umas férias pedem de direito.
E, falar da minha ansiedade? Putz, o que eu sempre sonhei em fazer, finalmente vou estar fazendo daqui a aproximadas 96 horas. E não vejo a hora de começar isso, porque esperei mais de um ano.Sei sim, tudo vai ser novidade e, bom, espero que sejam boas novidades.
E incrivelmente, passou rápido de novo.
Estamos indo de volta pra casa. Apesar de que sei que a minha casa não é aquele apartamento em Santa Maria. That's all!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Menina que roubava Livros

Hoje terminei de ler A Menina que roubava livros. Demorei um pouco bastante para terminar, mas valeu a pena, o livro é muito bom. Mas quem só gosta de aventura, odiaria. O livro é bonito e triste ao mesmo tempo.
A personagem principal é Liesel, menina que vive na época da Alemanha nazista, e foi tirada do convívio da mãe para viver com um casal de alemães que tornaram-se seus pais adotivos. No dia em que ela se muda, além de separar-se da mãe, sofre muito com a morte de seu irmão mais novo. E é no enterro de seu irmão que rouba o primeiro de muitos livros.
No desenrolar da história, a garotinha passa por poucas e boas enfrentando todas as dificuldades da guerra e do governo de Hitler; ainda mais quando aparece um judeu, filho de um amigo de seu pai, e, em troca de um favor, eles precisam escondê-lo no porão da casa.
Os demais livros roubados de Liesel pertenciam à biblioteca da mulher do prefeito, mulher simples que perdera seu filho na guerra, e que acabara gostando muito da garota.
Tá, é claro que não vou contar o livro inteiro aqui, não quero estragar a curiosidade de quem vai ler e também não vou escrever um resumo para os folgados que não gostam de ler:]
Acredito que quem leu O caçador de Pipas e gostou, também pode gostar desse.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Para guardar do lado esquerdo

A verdade é que quando eu tô com elas tudo fica bem melhor. A verdade é que elas me arrancam uma felicidade de verdade e uma gargalhada espontânea que parece vir lá do fundo e transborda igual a espuma dum copo de cerveja.. É simples, são elas que trazem as melhores lembranças da minha vida. Com elas que a nostalgia bate e a vontade de voltar no tempo em que éramos inseparáveis torna-se gigantesca. E com elas continuo fazendo planos.
Se olhar ali pra trás, dá pra ver a diferença. Tudo era simples demais e nunca nos separaríamos. Até que um dia um tapa foi dado na cara de cada uma e, ops, acordem garotinhas. Vocês não ficarão a vida inteira juntas.
Mas, nesse momento, sabíamos que se quiséssemos, jamais ficaríamos distantes pra sempre. E foi exatamente o que aconteceu. E é toda aquela história, o tempo passou, bla bla blá, e quando nos juntamos aquele tempo volta, intenso, pra aproveitar redobrado todos os dias que ficamos longe.
E é por isso que eu encho minha boca para falar do quanto eu amo tudo isso, e do quanto vale para mim essas garotinhas.
Elas são minhas minas. Ouro.
Elas estão guardadas aqui, no lado esquerdo. Debaixo de sete chaves.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Muito gelo e dois dedos d'água

Não que eu tenha achado a história do filme maravilhosamente linda, legal e interessante, -pelo contrário, a história é sem sentido algum - mas gostei e me identifiquei com o título. Também não digo que me identifiquei com a personagem da Mariana Ximenes, naada a ver, né. Só que, talvez por dentro eu esteja assim, muito gelo e dois dedos d'água. Um iceberg, quem sabe. Pode até ser que minha vontade é ser assim, um iceberg, mesmo porque eu sempre fui tão ou mais mole do que uma gelatina derretendo, e já enjoei dessa moleza.


Um iceberg dentro de uma piscina de plástico. Seu coração está gelado, com só dois dedos de emoção circulando dentro. Devia derreter um pouco desse gelo. Deixar a emoção fluir.
-Mas foram as condições ambientais que me deixaram assim.
Sabe, um iceberg pode ter lá suas vantagens... Estou à procura delas.
É que ser mole me cansou.Preferi o gelo à gelatina, dessa vez.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Conversas com a vovó

Não existe melhor sabedoria do que ouvir histórias de avós.
É coisa boa parar uma tarde e sentar ao lado deles, tomar um chimarrão, comer um bolinho feito pela vó e escutar os seus "causos". Eles sempre dizem algo que nos deixa pensando por horas...Parece que aproveitaram tão mais saudosamente a vida, sentiram o gosto de cada momento e de cada dificuldade. Entendem mais desse mundo...
Relembram as situações como se estivessem revivendo-as interiormente e, parece até que passam essa nostalgia pra gente, que escuta. Levavam a vida com mais simplicidade.
Devem ter sentido muito mais o natural do mundo; souberam viver de luz apagada, sem televisão, sem microondas, sem telefone celular e de pés descalços. E depois, ainda souberam se adaptar ao tal do mundo tecnológico.
(pensar que existe uma geração que não vive sem um tal de big brother...)
E eles guardam tanta história que não imaginamos...
Nós aprendemos a História que eles viveram. Legal ouvir a vó falando que lembra muito bem do dia do suicídio do Vargas e a reação das pessoas chocadas, do assassinato do Kennedy, do monstruoso e triste da Ditadura.E eles, passaram por tudo isso e estão aí para nos contar.
E fico pensando, o que vai sobrar para eu contar da História que vivi.
Netinhos, antigamente esbanjávamos água; ah, sabe essa vala que divide a cidade? Um dia chámavamos isso de rio, e podíamos nos banhar ali, sentar na beira e até pescar. Tá vendo aquele espaço lá? Um dia era cheio de árvores...Bem-vindos, meus netinhos, ao mundo do caos.


Pic: Cristina Carvalhaes (http://photografos.com.br)