quinta-feira, 3 de junho de 2010

saudade. vida breve

Trancar o dedo numa porta dói.Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo, um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Mas o que mais dói é a saudade. (m.m)
Dificilmente nos acostumamos com a ausência e a partida. Mas morrer é a consequência de viver. Não há escapatória.  E o que fazer enquanto se espera pela única certeza que temos na vida? O nono João saberia nos dizer muito bem.
Não esperar. Viver. Amar. Plantar uma árvore. Ter filhos e amá-los. Cultivar hortas e jardins. Jogar muita bocha, comer muita polenta, tomar um bom vinho, cantar bem alto músicas italianas. Ajudar a fundar a igreja. Erguer uma comunidade. Trabalhar sem cansar. Ver os filhos crescerem. Ver os netos crescerem. Ver os bisnetos crescerem...e amá-los. Enxergar toda a família reunida.
Foi dado ao nono o privilégio de viver todos os momentos que uma vida completa pode proporcionar. E ele os viveu com uma intensidade sem tamanho. Foi uma vida bonita, bem aproveitada e cheia de bondade.
Mas não dá pra falar de João sem Letícia. Juntos, o nono e a nona construíram o alicerce mais sólido que qualquer família pode ter. A simplicidade e a bondade deles foram conhecidas por todos que cruzaram nas suas vidas, ainda que por poucos instantes.
Lembraremos do nono sempre com um sorriso no rosto. Temos a certeza que agora ele tem o descanso merecido. Seu sorriso vai nos acompanhar para sempre.
Nono... onde o senhor estiver, saiba que seremos os herdeiros do seu caráter. Prometemos seguir seus passos de honestidade, de amor à vida, de fé, e principalmente... de união da família.
Não ficaremos tristes, pois não era assim que queria nos ver. Mas entenda, nono... a saudade aperta.
nossa última homenagem ao homem que merece o melhor lugar ao lado de Deus...
... hoje o céu ganhou mais uma estrela.